25/02/14 at 23:47
Quando eu ainda era estudante, nos tempos idos da faculdade, dos pequenos trabalhos e dos grandes exames, eu mal podia esperar para arranjar emprego. Achei (na minha inocência) que ia arranjar um daqueles empregos top e ia fazer dinheiro suficiente para alugar um pequenito apartamento e - não fosse este sonho modesto demais - ia conseguir fazer outro curso académico.

Oh boy.

Mal sabia eu como era o mundo "lá fora", com os salários que não reflectem o suor das pessoas e os chefes que ganham demasiado dinheiro para saber o que fazer com ele. Eu saber até sabia, as pessoas chegadas a mim fartavam-se de resmungar acerca da falta de dinheiro, mas eu sempre me mantive optimista de que me iria safar. Não sei onde fui buscar esse optimismo, para ser brutalmente sincera. Acho que me caiu do céu uma nuvem branquinha e eu agarrei-a e disse "este é o meu futuro como trabalhadora" e achei que era mesmo assim que ia ser. Em minha defesa, tinha vinte anos. Não era muito esperta nessa idade.

Quando percebi que o mercado de trabalho não me estava a sorrir, aí já comecei a perceber os motivos que levavam a minha família a resmungar. Os empregos habituais (lojas de roupa, explicações, e até o McDonalds) não aceitavam alguém com as minhas habilitações académicas. Não percebia porquê. Parecia-me ridículo que fosse demasiado qualificada para o que quer que fosse, dado que aquilo que queria era experiência prática no mercado de trabalho, e não me importava o local que me calhasse, desde que me ajudassem a obter o que eu queria.

Depois de demasiado tempo desempregada, lá arranjei um emprego de secretariado com um horário à primeira vista bom, mas um salário não tão bom. Por agora vai servindo, embora tenha esperanças de arranjar algo melhor num futuro próximo. É um trabalho que não me desgasta demasiado, e sendo um primeiro emprego, já me enche as medidas. Geralmente tenho os dias preenchidos com várias tarefas de manutenção da empresa e vou cumprindo com elas o melhor que posso, e atrevo-me a dizer que as cumpro bastante bem. A única coisa com a qual não consigo ainda lidar satisfatoriamente é - drum roll - com os dias parados.

Sim, há dias em que não tenho tarefas a executar e dias em que ninguém vai trabalhar. E que faço eu nesses dias? Nada. Absolutamente nada. E detesto. Oh, se detesto. Mas que posso eu fazer? Tenho de ir trabalhar na mesma, embora me sinta mal por me estarem a pagar para ficar sentada a ouvir música ou a passear pela internet... É nestas alturas que penso que me queixo de boca cheia e não devia estar a dizer estas coisas, mas cada vez aguento menos estar parada sem fazer nada. Ironia das ironias!

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at 17:05
Uma das coisas que mais me custa neste ponto de vida onde me encontro é a malfadada "falta de tempo".

O tempo existe com vinte e quatro horas para todos e cabe a cada um de nós manuseá-lo e geri-lo da melhor maneira possível, o que - sejamos sinceros - poucas vezes acontece. Alguns de nós ainda conseguimos conjugar os ginásios com os amigos e as faculdades com os namorados e os jantares de família com os passeios fora da cidade, mas acaba sempre por faltar qualquer coisinha. Uma coisinha mínima que seja. No meu caso, é quality time com o meu príncipe que fica a faltar. E como eu detesto que isso me falte!

Falando abertamente, todo o tempo que arranjo para estar com ele me sabe a meros segundos. É muito pouco tempo para investir na relação e claro que uma pessoa sofre com isso. Já andamos a conviver às pinguinhas há bastante tempo e só me faz pensar no quão bom seria estarmos juntinhos na mesma casa e partilhar o mesmo espaço horas a fio. Para já é um sonho impossível, mas tenho confiança de que poderemos eventualmente arranjar uma solução mais satisfatória. Por agora resta-nos um miminho roubado de vez em quando, como hoje, em que conseguimos almoçar juntos num restaurante bem quentinho.

Queria poder almoçar com ele mais vezes, partilhar pedacinhos do meu dia-a-dia, dar-lhe um beijinho ou dois ou muitos para o alegrar. Queria conversar com ele pessoalmente em vez de recorrer a mensagens trocadas que são abundantes mas não chegam. Ai quando tiver a minha vida em condições, ai quando pudermos viver uma relação boa e só nossa...

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24/02/14 at 21:04

Olá! Dou-me pelo nome de Anne Marie e este é o meu cantinho. Ainda está muito despido por aqui, mas espero vir a mudar isso o mais rápido possível.

Não sou nova no mundo dos blogs, mas ainda não encontrei "o" blog. Não sei se me perco nas palavras ou as palavras se perdem em mim, mas sinto que ainda tenho muito a pedalar antes de descobrir a fórmula mágica que me fará criar o blog que será a minha cara. Não tenho medo de tropeçar e cair, por isso se vier o dia em que este pedacinho de internet não mais se adequar a mim, não hesitarei em o abandonar, mas tenho esperança de que isso não acontecerá.

Se for para começar isto com o pé direito, talvez deva falar um bocadinho sobre mim. Bem, tenho alguns hobbies, um dos quais é ler tudo o que me vier parar à mão. Ando a ler um livro muito giro (e muito antigo) chamado "O Pequeno Cavalo Branco" e adoro. Não é nada de especial tendo em conta a literatura de agora, mas tem valor sentimental e gosto de o ler como pesquisa.

Não consigo viver sem animais em casa. Para mim há poucas coisas que superem o amor incondicional que os animais nos dão. Dispenso, no entanto, outros bichos maldosos como aranhas e centopeias. Ironicamente, adoro ver abelhinhas e voar. São tão fofas e redondinhas!

 Gostava de escrever um livro. Um dia ainda o irei fazer, e com alguma sorte este blog irá ajudar-me a exercitar os neurónios de escritora que sei que tenho aqui no meu cérebro.

Para já vou tentar (re)descobrir as andanças blogueiras, e também descobrir como tornar este blog meu. Talvez seja por isso que escolhi este nome. Afinal de contas, este blog é o pedaço de um puzzle muito grande... O puzzle da Anne Marie.

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